Ainda que temporariamente, tudo parece estar diferente. As formas de interação, de trabalho, de estudo e de tantos outros atos de rotina foram subitamente adaptados para evitar que as pessoas estejam, fisicamente, juntas. Nós, seres sociais que naturalmente somos, tivemos que aprender rapidamente a viver sob as regras do “distanciamento social”. Uma verdadeira aventura, recheada de experiências emocionais um tanto instáveis.

O medo parece ter sido o grande responsável por essa mudança, que, apesar de brusca, implantou-se em tempo recorde. Pergunto-me se, eventualmente, em condições mais normais, teríamos capacidade de mudar toda uma cultura em tão larga escala e em tão pouco tempo.

O vírus, assim, mais do que uma ameaça pura e simples à vida, colocou-nos diante de uma cruel realidade: a fragilidade dos sistemas de saúde mundo afora, sejam públicos, sejam privados. Com isso, a ideia de adoecer, de precisar de cuidados especiais e de, por conta de mera indisponibilidade, não poder receber tais cuidados, aterrorizou a todos.

Motivados pelo temor e, claro, seguindo nosso natural instinto de sobrevivência, aceitamos suspender temporariamente nossa dependência à sociabilidade.

O mesmo vírus, por se tratar de novidade no meio médico e científico, gerou polêmica na indicação de cura e tratamento. Especulações de todos os tipos, informações oficiais desencontradas e a velocidade de divulgação dos dados (verdadeiros ou não) pelos meios eletrônicos, em especial pelas redes sociais, fomentaram a insegurança da população.

A crise sanitária, então, desencadeou uma onda de outras crises, restaurando discussões polarizadas e alimentando os radicais que, dentro de seus quadrados, idealizam que todos aqueles que com eles não concordam, contra eles estão.

Nestes desencontros, a proibição de funcionamento de diversos estabelecimentos, empresas, indústrias e atividades de diferentes naturezas, ainda em vigor em várias regiões do Brasil e do mundo, surgiu como única medida para manter os cidadãos seguros, para uns, e como estopim para uma crise econômica sem precedentes, para outros.

E como se tumultuado já não estivesse, nosso Brasil ainda tem sido vítima de novos escândalos de corrupção e de crise institucional e política que não poderiam acontecer em pior momento. No cenário internacional, por sua vez, nada diferente. A crise racial, provocada pela perversa e cruel discriminação entre os próprios seres humanos, incompreensível sob qualquer pretexto ou ponto de vista, trouxe à tona a sujeira que estava escondida debaixo do tapete, num ato que ecoou mundo afora mais rápido do que a própria contaminação pelo novo coronavírus. Mas, ao mesmo tempo, trouxe também a necessidade de faxina, de erradicação desta mazela que sequer deveria ter existido.

E, por falar em existência, nesse conturbado cenário, cá estamos nós, lutando pela nossa sobrevivência, de nossa família e de todos aqueles que compõem nosso microuniverso, com criatividade, solidariedade e garra para superar tantas adversidades.

Tivemos que nos reinventar, sem tempo de adaptação. Tivemos que nos unir, mesmo estando distantes, cada um em sua casa. Tivemos que cooperar uns com os outros de forma ainda mais colaborativa. Exercitamos nossa disciplina para organizar a rotina sem prejudicar o fluxo de trabalho e de informações que envolve a equipe e que envolve nossos clientes.

E, nesse ponto, que grata surpresa.

Descobrimos que juntos, somos, de fato, mais fortes. Mais ainda, tomamos a consciência de que a nossa união vai além da mera presença física; de que temos um propósito comum que nos conecta e que nos impulsiona a avançar, não importa o que aconteça.

Somos formados por talentos individuais, brilhantes, que, entrosados, transformam-nos num verdadeiro time.

A velocidade de resposta, diante das complexas novidades jurídicas decorrentes das várias crises causadas pelo vírus, é digna dos melhores elogios. Pudemos ajudar a minimizar o impacto negativo que tais crises poderiam gerar a algumas atividades empresariais. Não poupamos esforços para estudar e analisar os complexos textos legislativos, produzidos a toque de caixa para tentar conter os danos à ordem econômica nacional (por diversas vezes inseridos e retirados do sistema legal), para interpretar os precedentes judiciais aplicáveis e, assim, posicionar e indicar o melhor caminho a ser seguido durante a tempestade.

Atentos às necessidades de mercado, buscamos estruturar novas frentes de trabalho, abrindo caminho para crescer em um momento inóspito e conferindo uma entrega ainda mais completa de nossos serviços.

Do caos, a nossa força emergiu.

Isso é AHO.

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