E na data de hoje, uma data tão especial, diante da comemoração do “Dia Internacional das Mulheres”, nada mais justo do que um texto dedicado a elas e escrito por uma mulher!

Apesar de hoje comemorarmos esse dia e todas as conquistas tidas ao longo do tempo, nem sempre as coisas foram assim – e, infelizmente, para muitas ainda não é –, sendo que temos que reconhecer toda a luta para chegarmos aonde estamos hoje.

Não é novidade que, séculos atrás, as mulheres não podiam votar e trabalhar, tendo que se dedicar exclusivamente à sua casa e sua família.

Com a Revolução Industrial, o cenário começou a mudar, mas também foi apresentada ao mundo a desigualdade de gênero, decorrente do fato de que as mulheres ganhavam menos que os homens, apesar de realizarem o mesmo trabalho e, por vezes, de forma melhor e mais eficaz do que eles!…

O primeiro “Dia Internacional das Mulheres” foi celebrado nos Estados Unidos, em maio de 1908, quando cerca de 1500 mulheres aderiram a uma manifestação em prol da sua igualdade econômica e política no país. No ano seguinte, o Partido Socialista dos Estado Unidos oficializou a data como sendo 28 de fevereiro.

E aqui o leitor se questiona: 28 de fevereiro? Mas hoje é 8 de Março!!

Sim, o “Dia Internacional da Mulheres” somente passou a ser 8 de Março durante a primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), quando aproximadamente 90 mil operárias mobilizaram uma manifestação contra o Czar Nicolau II, em decorrência das más condições de trabalho, da fome e da participação russa na guerra, sendo que referida manifestação ficou conhecida como “Pão e Paz”.

Apesar de tudo isso ter acontecido no ano de 1917, a consagração da data apenas ocorreu em 1921.

A Organização das Nações Unidas (ONU) somente assinou o primeiro acordo internacional, afirmando os princípios de igualdade entre homens e mulheres, mais de vinte anos após a consagração desse dia, em 1945. Em 1960 o movimento feminista ganhou mais força e a primeira comemoração oficial do “Ano Internacional da Mulher” se deu em 1975, sendo que somente em 1977 é que “8 de Março” teve o reconhecimento oficial pelas Nações Unidas.

A comemoração desse dia vai muito além de movimentos feministas ou político- partidários. O que se pretende é o reconhecimento de um dos principais princípios que regem a nossa Constituição, o Princípio da Igualdade.

“Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na exata medida de sua desigualdade”, este sim é o Princípio da Igualdade e o que se pretende com toda luta feminista tida desde 1908. Não se pretende igualar os homens e mulheres em questões que não são iguais para ambos. Não se pode comparar a força bruta de um homem com a de uma mulher.

Qual é o motivo que justifica o fato de um trabalho realizado igual por um homem e uma mulher, mas o homem ser mais bem remunerado que a mulher? Ou ainda a mulher ter uma capacidade maior para um trabalho específico, mas para que tenha o devido reconhecimento tem que trabalhar 10 vezes mais?

Por que apenas as mulheres devem passar por provações quase impossíveis para crescer no ambiente corporativo e, por vezes, quando conseguem, ainda têm que ouvir que o crescimento só se deu por ser “amiga do dono”, “por dó” ou por qualquer outro motivo que não o mérito e a capacidade dela mesma?

Não podemos negar, caro leitor, hoje estamos muito melhor do que o mundo que havia em 1908, em 1917, em 1945, em 1960, em 1975 e em 1977, e, não à toa, vemos cada vez mais mulheres atuando em posições de liderança, assumindo cargos de gestão de equipes, de empresas, de multinacionais e se tornando exemplos a serem seguidos.

Ano passado, aqui mesmo no Brasil, tivemos reconhecimento internacional através da Cristina Junqueira, CEO do Nubank, e também tivemos reconhecimento com a contratação de uma Diretora Financeira em uma multinacional, a Paula Regina Raya da Gi Group.

Internacionalmente, podemos citar mulheres que ocupam cargo de liderança, em nível global, como Kamala Harris, vice-presidente dos EUA; Angela Merkel, Chanceler Alemã; Michelle Obama, ex primeira-dama americana; Shonda Rimes, uma das produtoras e roteiristas mais notáveis da atualidade, dentre tantas outras.

Na AHO, há quarenta anos, também temos a honra de aprender com uma líder feminina, a Dra. Gitla Gindler Oliveira, que não só atua na área de família, mas dirige, em parceria com o Dr. Hamilton de Oliveira, e mantém firme o escritório na direção do que é justo, certo e coerente com os princípios sobre os quais foi ele criado e até hoje atua.

E o escritório não é uma exceção na nossa região: podemos observar também líderes femininas, tais como a Lissa e a Etel Carmona, proprietárias da Marcenaria Carmona; a Natalia Gindler Corsini, sócia fundadora da empresa Prae Venire; a Lara Nesteruk, nutricionista de sucesso com diversos cursos na área de saúde.

As citadas acima são apenas alguns poucos exemplos diante de todo o cenário que vemos hoje, em que temos uma maioria feminina no mercado de trabalho.

Não posso, como autora deste texto, deixar de também lembrar daquelas que tamanha importância tem na minha vida: minha mãe, tias, avós e sogra. São, cada qual à sua maneira, exemplos de perseverança e de batalha feminina por reconhecimento.

Hoje, já conseguimos nos afastar do estigma de que as mulheres vivem em um mundo corderosa… A bem da verdade: o mundo é da cor que a mulher quiser que ele seja!

Fica aqui uma singela homenagem a todas as mulheres!!!

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